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O que você precisa saber sobre Retinopatia Diabética

Conversamos com o oftalmologista Fernando Corio para entender o que podemos fazer para evitar que esta doença leve mais pacientes à cegueira irreversível


Controle do Diabetes. A resposta que poderia se estender por diversos parágrafos é direta, mas isso não significa que é simples. Segundo o oftalmologista Fernando Corio (CRM 103.381), para diminuir os riscos da Retinopatia Diabética é primordial que os diabéticos busquem o controle a doença por meio de exercícios físicos, dieta, uso apropriado dos medicamentos, restrição de bebidas alcoólicas e paralelamente, acompanhamento de rotina com o oftalmologista para realização do exame de mapeamento de retina.


Isso porque a Diabetes é uma doença crônica na qual o corpo não produz insulina ou não consegue empregar adequadamente a insulina que produz e os seus sintomas podem afetar diversas áreas do organismo causando aumento do apetite; impotência sexual; infecções fúngicas na pele e nas unhas; feridas, especialmente nos membros inferiores, que demoram a cicatrizar; distúrbios cardíacos e renais; além de alterações visuais.


O paciente diabético pode desenvolver o problema chamado Retinopatia Diabética que são lesões na retina causadas pela doença. A retina é uma estrutura que nós temos no fundo do olho e é responsável pela visão, uma estrutura muito importante. A Diabetes descontrolada faz com que apareça esse quadro”, detalha o especialista ao frisar que a doença está relacionada principalmente ao paciente diabético que usa insulina ou aquele que tem uma diabetes descontrolada. Vale lembrar que conforme o Atlas do Diabetes da Federação Internacional de Diabetes (IDF), o Brasil é o 5º país em incidência de diabetes no mundo, com 16,8 milhões de doentes adultos (20 a 79 anos).


PREVENÇÃO É A MELHOR SAÍDA

Dado o número alarmantes de portadores e o risco de complicações que pode, inclusive, levar o paciente à cegueira irreversível, doutor Fernando destaca que os diabéticos devem ir ao oftalmologista, ao menos, uma vez durante o ano e no caso de pacientes jovens ou portadores da doença crônica em forma mais agressiva, o retorno ao especialista na saúde ocular deve acontecer mais cedo, após seis ou sete meses da última consulta.


“Pela gravidade da doença instalada no fundo do olho que pode levar à cegueira irreversível, como toda outra doença é importante o diagnóstico no início para tratar e prevenir, porque quando o diagnóstico é feito em estágio avançado é muito difícil de reverter o quadro e, às vezes, até de salvar um pouco da visão”, conscientiza.


O médico ressalta que a Retinopatia Diabética merece atenção, pois pode causar a perda da visão de forma lenta e gradativa ou até mesmo intensa, levando à cegueira de um dia para o outro. Foto/Reprodução: Arquivo pessoal


A Retinopatia Diabética possui duas classificações, sendo:

  • A proliferativa em que proliferam vasos sanguíneos dentro do olho, “uma forma terrível que leva a cegueira ou uma baixa extrema de visão”.

  • E a não-proliferativa considerada menos agressiva, mas também com queda na visão.

Para realizar o diagnóstico da Retinopatia Diabética é indicado o exame de mapeamento de retina, conhecido como “exame de fundo de olho”, realizado na própria clínica de forma prática pelo especialista. Caso seja confirmado o quadro, atualmente, o tratamento é feito por meio de fotocoagulação à laser - procedimento utilizado no tratamento de doenças que afetam os vasos sanguíneos do olho localizados na retina - e medicamentos específicos que surgiram na área médica.

O tratamento da Retinopatia Diabética deve ser iniciado imediatamente e sempre controlando a Diabetes”, lembra ao citar a importância dos portadores levarem a sério as recomendações dos profissionais de saúde e realizar consultas rotineiras para prevenção e monitoramento, “a pessoa tem que se cuidar para que a doença não evolua com gravidade”, conclui.


Matéria: Andressa Matos

 

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